Nascemos do colo de nossa mãe.
Esse colo materno que nos acolhe, alimenta e propicia o
espaço para nos formamos como seres humanos. Desde o início, somos carregados
neste colo que, depois do nascimento, se torna um bálsamo onde nos deitamos e
nos alimentamos física e emocionalmente. Um colo que pode continuar sendo
bem-vindo durante toda a vida, que vem deste primeiro vínculo, tão importante
para a estruturação do ser.
Quando crescemos, temos a possibilidade de olhar para nossos
pais com mais maturidade e observar que, em alguns momentos, eles também
precisam de colo, cuidado e atenção."Quando crescemos, temos a possibilidade de olhar
para nossos pais com mais maturidade e observar que, em alguns momentos, eles
também precisam de colo, cuidado e atenção."
A vida, como sabemos, é uma montanha-russa, cheia de altos e
baixos. Muitas vezes nos deparamos com situações difíceis e percebemos a
necessidade de apoiar quem sempre nos apoia.
Em certos momentos, um colo de filho é tão bem-vindo quanto o
colo de mãe foi para ele, durante toda sua vida. Aquela mulher, que em nossa
infância nos parecia indestrutível e forte, também tem suas fragilidades,
dificuldades,
angústias e carências. Pode ter, ainda, momentos em que não consegue dar conta
de tudo e desmoronar por conta disso, já que também passa por vendavais,
furacões e terremotos emocionais.
Quando podemos olhar
para nossa mãe com um olhar mais maduro, de adulto para adulto, muitas vezes
desconstruímos esta imagem de heroína que tínhamos quando crianças. Então percebemos
que em alguns momentos ela também precisa de um colo, um abraço, ou
simplesmente alguém que lhe diga: "calma, vai ficar tudo bem".
Nós, como filhos,
fazemos um papel importante ao dar suporte a nossa mãe, pois o colo e o apoio
do filho são acalentadores e restauradores, dando aquela força que estava
faltando para levantar e seguir em frente. Porém , é importante que neste momento
saibamos nos manter no papel de filhos. Nos momentos difíceis temos a tendência
de sentir as dores de nossa mãe e/ou nos colocarmos como mãe/pai dela. É
fundamental que possamos dar colo, mas um colo de filho, nos mantendo em nosso
lugar. Vale tomar cuidado, também, com a simbiose, não permitindo que você
sinta dores que não são suas.
A simbiose, no início
da vida da criança, é importante para que haja um cuidado suficientemente bom
com o bebê. Seria como se mãe e filho se tornassem um só, em uma relação na
qual a mãe, nesta forte ligação, pode perceber o que a criança precisa e o que
está sentindo, para poder atender as suas necessidades. Porém, às vezes esta
simbiose se estende ou se reedita ao longo da vida, de inúmeras maneiras.
O que é importante compreender é que essa
relação simbiótica pode fazer com que haja vivências de sentimentos que não são
seus, mas de sua mãe. Perceba, nestes momentos, que determinado sofrimento é
dela, não seu. Que a história é dela, não sua. E cuide dela como pode, mas não
se aproprie de suas dores, afinal as nossas já são suficientes, não acha? Fica
difícil ajudar o outro sofrendo as dores dele. Claro que isso vai mobilizar
você emocionalmente, pois aquilo que afeta seus pais naturalmente lhe mobiliza
também. Mas se mantenha no seu próprio sentimento, acolhendo e dando atenção às
emoções de sua mãe, sem se apropriar e se identificar com elas. Perceba qual
sentimento é seu e qual sentimento é dela e que você agregou. E ao compreender
seus próprios sentimentos e dores, é essencial assumi-los. Assumir que você
também está sofrendo, que você também está com raiva, ou qualquer outra emoção
detectada que seja sua.
Dar colo para sua mãe
não significa se tornar uma fortaleza e deixar de lado o que você pode estar
sentindo.
"Dar colo para sua mãe não significa se tornar uma fortaleza e deixar de lado o que você pode estar sentindo."
Se mantenha em seu papel
de filho, assumindo que você também sente algo com aquela situação e é um
sentimento seu. Sem pegar as dores dela, mas assumindo as suas, você pode dar
um colo de filho, um colo sincero de amor e carinho no qual os dois sabem seus
lugares, mas podem se ajudar.
Desta forma, você pode
auxiliá-la muito mais, levando força e firmeza para encarar o que for. E junto
com isso, muito amor. Que possamos olhar para nossas mães - sem identificações
e simbioses - e acolhê-las em suas dores, dificuldades e cansaços. E com amor,
ajudá-las a transformar tudo isso em paz.
2 comentários:
A vida, como sabemos, é uma montanha-russa, cheia de altos e baixos. Muitas vezes nos deparamos com situações difíceis e percebemos a necessidade de apoiar quem sempre nos apoia.
Em certos momentos, um colo de filho é tão bem-vindo quanto o colo de mãe foi para ele, durante toda sua vida. Aquela mulher, que em nossa infância nos parecia indestrutível e forte, também tem suas fragilidades,
dificuldades, angústias e carências. Pode ter, ainda, momentos em que não consegue dar conta de tudo e desmoronar por conta disso, já que também passa por vendavais, furacões e terremotos emocionais.
não dá em nada!
como no meu caso ...o juiz chega a reconhecer a ALIENAÇÃO, + manda arquivar o processo, é uma canalhice e covardia sem precedentes....e seu filho vai-lhe escorrendo por entre os dedos e eles sentados na suas cadeiras de espaldar alto cheio de assessores, e portas fechadas, cuidam de suas vidinhas mediócres, enquanto nós pais sofremos as nossas perdas diárias de nossos filhos....
Este não é um país sério já dizia com propriedade aquele francês...
Agora o assunto é copa...foda-se esta copa , quero ela se exploda bem longe de mim para eu não sentir o fedor de perto...
Nesta hora sinto muita vergonha de ser brasileira...
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