Hortolândia
e a Violência contra a Mulher.
O
ANO AGORA É 2014, MAS A VIOLÊNCIA E A MESMA.
A violência
contra a mulher é qualquer ação ou conduta, baseada no gênero, que cause
morte,Dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico ‘a mulher, tanto na
esfera pública, como na esfera como na
esfera privada.
A violência
baseada no gênero ocorre quando um ato é dirigido contra uma mulher por que ela
é mulher, ou quando atos afetam as mulheres de forma desproporcional.
Hortolândia,
uma cidade que em 13 anos eu não vi ,
não assisti qualquer ato público
ou privado que honrasse ou que
qualificasse a mulher hortolandense, que
se vê obrigada a utilizar um sistema de saúde
sofrível, que vemos os nossos
filhos serem mal assistidos na rede pública de saúde.
Como a cidade de Hortolândia , atende
as suas Mulheres , Mães na sua dignidade
humana?
Nos mantendo
reféns de um sistema de políticas
públicas totalmente umbilical, que atende somente Aquilo que é plausível de ser
mostrado pra quem compactua dos resultados desses programas “ pra Inglês ver”.
No âmbito
macro é dever do Estado Brasileiro implementar políticas públicas destinadas a prevenir, punir e
erradicar a violência contra a mulher, em conformidade com as normas
internacionais e constitucionais.
E ai vem o
nosso competente Legislativo de Hortolândia, que também seguindo a linha da Conformidade
umbilical, sequer jamais pensou ouviu ou criou qualquer mecanismo que
contemplasse este tema.
As mulheres
de Hortolândia são invisíveis e não fazem parte da sociedade, porque são esquecidas
a reboque de um crescimento desordenado e de uma incompetência do Legislativo e
Executivo limitados na sua miopia administrativa, inchados nos compromissos
resultantes de promessas eleitoreiras.
E nos as
mulheres de Hortolândia, continuamos a mercê de uma cidade negligente e
ineficiente em acolher-nos e tratar-nos com respeito e dignidade e/ou
admiração.
A crítica
não recai aqui somente ‘a miopia do executivo, mas na hipermetropia do legislativo, que minimamente não tem
conhecimento de dados como estes da ONU
que demonstram que a violência doméstica é a principal causa de lesões em mulheres entre 15 e 44 anos no
mundo, o que caracteriza a violência
contra a mulher como um fenômeno
Generalizado, que alcança um elevado numero
hortolandenses diante dessa barbárie que se
chama
Violência domestica e a pior delas a Social!
A impunidade
e a inefetividade do sistema judicial diante da violência doméstica contra as
mulheres, motivou em 1998, a
apresentação de vários casos à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, da
OEA , por meio de petição conjunta das
entidades Cejil-Brasil(Centro para Justiça e o Direito Internacional) e
CLADEM-BRASIL(Comitê Latino-Americano e do Caribe para a Defesa Dos Direitos da
Mulher).
E em 2001,
numa decisão inédita esta Comissão Interamericana condenou o Estado Brasileiro
por negligencia e omissão em relação à Violência Doméstica, no caso de uma
mulher, (heroína de Fortaleza) que foi vítima de duas tentativas de homicídio,
pelo seu companheiro enquanto ela dormia, além da tentativa de eletrocuta-la,
as agressões sofridas por esta mulher não foram capazes de calar a sua voz
embora Maria da Penha paraplégica aos 38
anos.
O réu ficou em liberdade por 18 anos.
Em
31/10/2002, finalmente houve a prisão do réu.
Quantas “Marias da Penha” nos temos em
Hortolândia nos dias de hoje?
Muitas; tantas que nem sabemos o numero nem
por estimativa.
Porque é mais fácil não saber.
As ações
estatais são urgentes, mas quais são as ações municipais que acontecem,
urgentemente aqui em Hortolândia.
Para garantir o enfrentamento da violência que
acomete centenas de Mulheres na nossa cidade ,não só o caso citado de Maria da
Penha que reflete um padrão geral e sistemático de Violência contra a Mulher,
que em nossa cidade( em nosso país), tem como resposta, via de regra, a
impunidade,inclusive no meu próprio
“caso”- Eu sou vítima de um organismo deficitário, no meu caso foi totalmente
arbitrário, manipulado até onde foi possível, resguardados os algozes debaixo
da toga juramentada do corporativismo e da falta total de humildade em admitir
que no meu caso “erraram”, e feio, mas apesar deles e até inclusive com eles EU
ainda sobrevivo, pois não me silenciei, não mudei de casa, nem de bairro e nem
mesmo de cidade, que era o que “eles”, imaginaram puerilmente que aconteceria
comigo!
Na verdade,
eu estou sem os meus 03 filhos, sinto por demais a falta deles, e choro todos
os dias a forma violenta e desumana como eles me foram subtraídos, mas ando
nesta cidade de cabeça erguida, de quando em vez olhando nos olhos dos meus
algozes, malfeitores bárbaros desumanos e covardes, e os enfrento com o coração
tranqüilo dos justos, ainda me falta um bom caminho a ser percorrido, na busca
pela justiça plena, pela reparação dos danos psicológicos e morais, mas a
medida que o tempo esta passando, eu tenho me tornado infinitamente madura e
mais forte, coisa que talvez eu não estivesse na época do show de horrores que
foi a retirada dos meus 03 filhos do meu lar.
Onde está na
cidade de Hortolândia um sistema de dados sobre a violência doméstica, com
indicadores técno-cientificos que avaliem a incidência da Violência contra a
mulher e que identifiquem o impacto e o alcance de políticas publicas adotadas,
aliás onde EU e outras vítimas estejamos inseridas e principalmente acolhidas?
Quando na
cidade de Hortolândia foi feita qualquer campanha educativa de combate a
Violência Doméstica com resultados verossímeis?
Quando foi proposto pelo Legislativo
e aceito pelo Executivo, na cidade de Hortolândia, a adoção de um foco
interdisciplinar para o enfrentamento da Violência, que permitisse o dialogo entre a interação dos diversos
órgãos envolvidos com a parceria honesta clara e objetiva da justiça?
Onde estão
na cidade de Hortolândia os agentes ou os capacitadores ou ainda os operadores
do direito, que incorporem a perspectiva de gênero, combate a violência
psicológica domestica, aquela que na verdade não chega até as delegacias, e que
vale dizer, não tem um quadro funcional especializado e capacitado para atender
uma MULHER, vítima de qualquer violência ?
E ainda pergunto,
onde está na cidade de Hortolândia, instituições ou mecanismos judiciais e administrativos,
com a participação de Organizações de Mulheres, que permitam uma justiça,Mais
célere e acessível e garantam a Assistência Legal às Mulheres não só Vítimas de Violência,mas
também vítimas do abandono matrimonial, familiar e social, bem como medidas de
proteção ou outros meios de compensação justos e eficazes que honrem o direito e a cidadania
de todas nossas mulheres hortolandenses?
A cidade
de Hortolândia assume violentamente a sua ineficiência em não ter nenhuma
política séria confiável e competente dentro deste tema relevante e que se
trata da maior parcela da população desta cidade.
Até quando; nós mulheres hortolandenses
seremos invisíveis para o Legislativo e o Executivo desta cidade?
Emprestei o caso de Maria da Penha, e também
o meu caso, Mahgaroh Prats e de meus 03 filhos inocentes e vitimas ainda sem
defesa, para ilustrar a minha indignação pela cidade de Hortolândia no Combate
e Erradicação da Violência Doméstica, Social, Educacional, Habitacional, e
Política.
Que em nome de meus 03 filhos ausentes hoje
de minha vida, esta minha fala resulte no rompimento e na supressão de invisibilidade que acoberta este
grave padrão de violência, de qual somos vítimas abandonadas a mercê de nossas
próprias ações pessoais nesta cidade.
Texto/Escrevi este texto em 2003, reescrevi
em 2007 e ainda continua valendo, infelizmente em 2014.
Quando usei a tribuna do cidadão, Câmara de
Hortolândia.
Mahgaroh Prats
Publicitária/Pertenci ao quadro diretivo da
ONG
Casa Laudelina de Campos Mello/RMC
2000-2006.
Foi Conselheira Titular do Conselho
Municipal dos Direitos da Mulher da RMC-2002-03.
Fone 019 988294070
E-mail / mahgaroh@gmail.com
Um comentário:
Hortolândia and Violence against Women.
NOW IS THE YEAR 2014 BUT VIOLENCE AND THE SAME.
Violence against women means any act or conduct, based on gender, which causes death, damage or physical, sexual or psychological suffering 'a woman, both in the public sphere as the sphere and the private sphere.
When I used the tribune citizen, Board of Hortolandia.
Mahgaroh Prats
Advertising / belonged to the directive board of the NGO
Home Laudelina Campos Mello / RMC 2000-2006.
Holder was Councillor of the Municipal Council for the Rights of Women of the RMC-2002-03.
Phone 019 988294070
Email / mahgaroh@gmail.com
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