 A
 relação família e escola é muito tênue e delicada. Alguns problemas 
familiares repercutem na vida cotidiana das crianças. E até que ponto o 
professor tem competência e habilidade para poder intervir?
A
 relação família e escola é muito tênue e delicada. Alguns problemas 
familiares repercutem na vida cotidiana das crianças. E até que ponto o 
professor tem competência e habilidade para poder intervir?
Esta
 não é uma decisão fácil de ser tomada, mas envolve diretamente o bem 
estar físico e emocional delas. Neste sentido o professor e os 
coleguinhas muitas vezes são o apoio necessário para fortalecer as 
crianças diante de crises familiares.
Eu
 mesma já vivencie isto enquanto era professora de educação infantil com
 crianças de 5 anos, no município de Atibaia no Estado de São Paulo. Os 
pais de Tiago (nome fictício) estavam se separando e numa situação 
bastante conturbada. Ele chegava à escola no período da tarde nervoso, 
agredindo a mim e aos colegas. Muitas vezes chorava muito. Como eu sabia
 o que estava acontecendo, pois sua mãe me relatava alguns fatos, fui 
conduzindo este problema com muita conversa e paciência. Não fiz este 
trabalho sozinha, contei com a ajuda da Direção  e
 também da terapeuta dele. Em conjunto decidimos realizar algumas 
brincadeiras onde os sentimentos deveriam ser exteriorizados pelo grupo 
como um todo.  Aos poucos, e com
 muito carinho, compreensão do fato e orientação conseguimos amenizar 
este sofrimento causado pela separação não amigável dos pais. 
Não
 cabe aos professores julgar a questão familiar em si, mas propiciar 
afeto, atenção, carinho e apoio neste momento difícil é a obrigação de 
qualquer docente. Porque a criança vai exigir mais atenção e fará isso 
demonstrando comportamentos como choro, raiva, agressão, etc. A criança 
não sabem direito o que esta acontecendo, presenciam brigas, 
xingamentos, ofensas e, pior, elas muitas vezes gostam dos pais e terão 
que ficar longe de um deles, isto causa medo até em adulto, quanto mais 
em crianças. Não vivemos num mundo cor de rosa e perfeito, pelo 
contrário, o “ser ser humano” não é fácil quando não se tem equilíbrio 
psicológico para lidar com situações de estresse. Isto tudo acaba sendo 
repassado para as crianças, que vivenciam e não sabem como lidar com a 
situação, o que pode, sim, repercutir na escola. Estar sempre disponível
 para estas crianças em especifico, estimular sua expressão de 
sentimentos, conversar quando quiserem falar sobre o assunto, reforçar o
 amor dos pais  independente da 
separação deles. Propiciar segurança são algumas dicas importantes neste
 período. O cantinho da casinha pode ser utilizado pelas crianças para 
fantasiar um mundo perfeito e assim vivenciar momentos de superação. 
Tenham calma, paciência e amor, isto é ser professor. 
 

 
2 comentários:
A relação família e escola é muito tênue e delicada. Alguns problemas familiares repercutem na vida cotidiana das crianças. E até que ponto o professor tem competência e habilidade para poder intervir?
Esta não é uma decisão fácil de ser tomada, mas envolve diretamente o bem estar físico e emocional delas. Neste sentido o professor e os coleguinhas muitas vezes são o apoio necessário para fortalecer as crianças diante de crises familiares.
A Justiça, no entanto, por entender que os irmãos não podem se separados e que dificuldades financeiras não justificam uma exceção, opôs-se, parecendo-me realmente cega, cumprindo burocraticamente o que diz a Lei, sem, mostrar qualquer sinal de bom senso e humanidade e, sobretudo, sem atender o interesse maior da criança.
28 de abril de 2012 ·
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